Barragem B3/B4 sai do risco máximo de ruptura

por Instituto Minere em 05/Dec/2022
Barragem B3/B4 sai do risco máximo de ruptura

Nesta sexta-feira (02/12), a barragem B3/B4 localizada na Mina Mar Azul, em Nova Lima (MG), de propriedade da VALE S.A., teve seu nível de emergência reduzido de 3 para 2. Tal redução de nível ocorreu devido ao avanço do processo de descaracterização da barragem, com a remoção de mais de 50% dos rejeitos do reservatório, o que levou à melhoria das condições de estabilidade da estrutura.

Apesar da melhoria implementada, a Zona de Autossalvamento (ZAS) da estrutura, que passa a estar em nível de emergência 2 deve permanecer evacuada, conforme §2º do art. 42 da Resolução ANM nº 95/2022,, não sendo previsto o retorno das famílias no momento. O trabalho de remoção de rejeitos do reservatório da B3/B4 seguirá sendo realizado por equipamentos operados remotamente e a previsão é concluir a descaracterização da estrutura em 2025, dois anos antes do previsto inicialmente, de acordo com a documentação enviada pela mineradora à Agência.

A ANM está sempre buscando as melhores práticas e seguindo as previsões legais, com o intuito de manter o meio ambiente e a população salvaguardados no que se refere às barragens de mineração brasileiras.

Mais segurança 

Além das cinco barragens a montante eliminadas neste ano e da redução de nível de emergência da B3/B4, oito estruturas da Vale tiveram o nível de emergência encerrado e obtiveram suas Declarações de Condição de Estabilidade (DCEs) em 2022, atestando a segurança e estabilidade. A mais recente, em novembro, foi a barragem Porteirinha (Santa Bárbara). Em outubro, as barragens Sul Inferior (Barão de Cocais), B5/MAC (Nova Lima), Marés II (Belo Vale), Santana (Itabira) e o Dique Paracatu (Catas Altas) também saíram de emergência. Em agosto, a barragem Borrachudo II (Itabira) já tinha recebido sua certificação de segurança e, anteriormente, a barragem Elefante (Rio Piracicaba). Todas essas estruturas estão localizadas em Minas Gerais.

O avanço nas condições de segurança das barragens da Vale é resultado da evolução das medidas implementadas desde 2019, como, por exemplo, o novo sistema de gestão das estruturas de disposição de rejeitos da empresa, direcionado pelos aprendizados com o rompimento da barragem em Brumadinho e pelas melhores e mais rigorosas práticas internacionais, como as definidas no Padrão Global da Indústria para a Gestão de Rejeitos (GISTM, em inglês).

A empresa assumiu o compromisso formal de adequar todas as suas barragens de rejeitos ao GISTM até 2025. Na prática, isso significa que a supervisão, monitoramento e a transparência das informações relativas às barragens estão sendo aprimorados continuamente. O foco prioritário é a segurança das pessoas, a redução de riscos e cuidados com o meio ambiente. A previsão da Vale é não ter nenhuma barragem em estado crítico de segurança (nível 3 de emergência) até 2025. Com a melhora nas condições de segurança da B3/B4, atualmente, a empresa tem duas barragens em nível de emergência 3: a Sul Superior (Barão de Cocais) e a Forquilhas III (Itabirito), ambas em Minas Gerais.

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