Historicamente, o gerenciamento de rejeitos de mineração em todo o mundo consiste em instalações convencionais de represamento. No entanto, nos últimos anos, rejeitos filtrados (uma forma de rejeitos desidratados) e aterros “secos” de pilha, formados com rejeitos filtrados, estão cada vez mais sendo usados como uma opção alternativa de gerenciamento de rejeitos. Por se tratar de uma prática emergente, o processo de projeto e a compreensão do comportamento dos rejeitos filtrados e do empilhamento de materiais insaturados estão atualmente em desenvolvimento.

A maioria das instalações de rejeitos de mineração em todo o mundo envolve barragens de rejeitos convencionais, usadas para armazenar a lama de rejeitos. No entanto, nas últimas décadas, rejeitos filtrados estão cada vez mais sendo usados como uma opção alternativa no gerenciamento de disposição de rejeitos de mineração. O processo de filtração resulta, por meio da consolidação e redução do teor de água, em uma torta de filtro não segregante, muitas vezes denominada torta 'seca'. Esse bolo “seco” pode ser empilhado e geralmente é colocado e compactado em pilhas chamadas de “pilhas secas”.

Projetos de empilhamentos de rejeitos frente as atuais normativas

Vários artigos foram publicados na literatura sobre diferentes aspectos de rejeitos filtrados e pilhas secas; isso inclui comportamento fundamental, considerações de projeto, histórias de casos em todo o mundo etc. 

Apesar das práticas, que datam da década de 90, tanto o empilhamento de estéreis (NBR 13029:2017) quanto de rejeitos (NBR 13028:2017) enfrentam ainda carências dentro das normativas atualmente vigentes.

No dia 30 de janeiro, Segunda-Feira às 19:00 você é nosso(a) convidado(a) para participar de um grande intercâmbio de ideias e experiências sobre as necessidades enfrentadas nos projetos de empilhamentos frente as atuais normativas com os professores Amadeu Venturin, Gisele Custódio e Márcio Leão na aula magna da Pós de Geotecnia e Segurança de Barragens e Pilhas.  

O evento é gratuito! Clique no banner abaixo para se inscrever e compartilhe essa oportunidade com sua equipe e contatos profissionais. Até breve!

Márcio Leão

É Pós-Doutor em Geotecnia pela UFV, Doutor em Geologia de Engenharia pela UFRJ, Doutorando em Geotecnia pela UERJ, Mestre em Geotecnia pela UERJ, Mestre em Geologia de Engenharia pela UFRJ, possui MBA em Gestão de Projetos pela USP e Bacharel em Geologia pela UFRJ. Geólogo com 13 anos de experiência em planejamento de obras de arte de engenharia civil, nacionais e internacionais. É Docente de Graduação e Pós-graduação. É Pesquisador e Consultor nas áreas de Geologia de Engenharia e Geotecnia, com ênfase em mecânica das rochas, mecânica dos solos, barragens, túneis, taludes e meio ambiente, investigações de campo e ensaios de laboratório e in situ, bem com instrumentação geotécnica. É Membro de Comissões Técnicas, de Corpo Editorial e Revisor Ad hoc de Periódicos nacionais e internacionais.