O Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM) compartilhou recentemente dados impressionantes sobre o desempenho do setor mineral no primeiro trimestre de 2024. De acordo com o relatório, o setor registrou um faturamento expressivo de R$ 68 bilhões, marcando um crescimento robusto de 25% em comparação com o mesmo período do ano anterior. O destaque vai para o minério de ferro, que representou 64,2% desse total, totalizando R$ 43,9 bilhões.
As exportações também apresentaram um aumento significativo, alcançando US$ 10,8 bilhões em receita e 87,5 milhões de toneladas em volume, o que equivale a um crescimento de 18,3% e 11,3%, respectivamente, em comparação com o primeiro trimestre de 2023. O minério de ferro liderou as exportações, com um total de US$ 8,1 bilhões e 84,1 milhões de toneladas, representando 74,4% do volume total exportado.
No entanto, algumas commodities enfrentaram desafios, como o ouro, que registrou uma queda de 15% em valor e 26,5% em peso nas exportações. Por outro lado, as exportações de bauxita cresceram 40,4%, as de caulim aumentaram 50,8%, e as de cobre tiveram um aumento de 4% em valor.
No que diz respeito às importações, houve uma queda de 31% em valor, totalizando US$ 2 bilhões, e um leve recuo de 0,1% em volume. Destaca-se o aumento nas compras de carvão e potássio, enquanto as importações de cobre diminuíram significativamente.
Em termos de empregos, a indústria de mineração fechou março com mais de 214 mil empregos diretos, criando quase quatro mil novas vagas desde novembro de 2023.
O diretor-presidente do IBRAM, Raul Jungmann, ressaltou a importância econômica do setor mineral, destacando o significativo saldo da balança comercial de minérios no primeiro trimestre de 2024, que foi de US$ 8,9 bilhões, contribuindo em grande parte para o saldo comercial brasileiro.
O faturamento por estado foi liderado por Minas Gerais, seguido pelo Pará, São Paulo e Goiás, com aumentos significativos no faturamento com minérios. A Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM) também registrou um valor expressivo de R$ 1,9 bilhão no trimestre, com Minas Gerais e Pará liderando o recolhimento.
No entanto, o setor enfrenta desafios, incluindo propostas legislativas que podem prejudicar a atividade mineradora, como a flexibilização do garimpo. O IBRAM alertou sobre os potenciais impactos ambientais e sociais dessas propostas.
Olhando para o futuro, o setor mineral brasileiro planeja investir US$ 64,5 bilhões no período de 2024 a 2028, com foco em projetos socioambientais e minerais críticos para a transição energética. Os projetos de minério de ferro devem receber os maiores investimentos, seguidos por outros minerais essenciais.
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