EUA e Austrália em acordo

por Instituto Minere em 28/Nov/2019
EUA e Austrália em acordo

O ministro dos Recursos da Austrália, Matt Cavanan, e o secretário de Comércio dos Estados Unidos, Wilbur Ross, concordaram em trabalhar juntos no financiamento de projetos relacionados a minerais críticos, incluindo terras-raras e outros materiais, como o lítio.

'Estou partindo dos Estados Unidos satisfeito com o progresso significativo', disse Cavanan após a reunião na quarta-feira em Washington. Isso aconteceu no dia seguinte ao anúncio conjunto do Serviço Geológico dos Estados Unidos e da Geociência da Austrália de um acordo sobre mapeamento e avaliação de reservas minerais críticas nos dois países.

A Austrália procura expandir seus mercados de exportação de terras-raras, bem como lítio e cobalto, que deverão ter aumento de demanda para a produção de baterias de veículos elétricos.

Canberra pretende que tanto a produção 'a montante', como a mineração, bem como processos 'a jusante' de alto valor agregado, como refino, sejam tratados na Austrália como parte de uma estratégia para sustentar uma economia que está perdendo tração.

Os Estados Unidos disseram que estão ansiosos por obter outra fonte desses materiais estrategicamente importantes. Embora agora conte com a China para a maior parte de suas terras-raras, a guerra comercial sino-americana levantou questões sobre a estabilidade desse suprimento.

Se a China interromper as exportações de terras-raras para os Estados Unidos e seus aliados por um período prolongado, a interrupção 'poderá causar choques significativos nas cadeias de suprimentos minerais críticos', alertou o Departamento de Comércio em um relatório em junho, citando o embargo de Pequim em 2010 às exportações para o Japão.

O relatório pedia uma cooperação ampliada com aliados de longa data, como Austrália, Canadá e Japão, na exploração, processamento e reciclagem de minerais para reduzir esse risco.

Entretanto, continua incerto se a parceria Estados Unidos-Austrália será suficiente para garantir um suprimento estável desses elementos cruciais.

Quando outros países começarem a produzir terras-raras, a China poderá aumentar a produção e diminuir os preços para forçar atores estrangeiros a sair do mercado, disse uma fonte de uma empresa australiana de recursos minerais.

As empresas do setor privado costumam relutar em investir em terras-raras - que são propensas a acentuadas oscilações de preços devido à pequena escala do mercado - devido ao risco de serem obsoletas por novas tecnologias. Diante desses fatores, o impacto de financiamento adicional de Washington e Canberra pode ser limitado. As informações são do Valor Econômico.

Fonte: Notícias de Mineração Brasil 

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