De acordo com o Ministério de Minas e Energia, a exploração da primeira jazida de diamantes primários no país iniciada no município de Nordestina - BA, tem capacidade para dobrar a produção e a exportação neste ano e elevar os valores atuais entre 5 e 10 vezes nos próximos anos. As jazidas de diamantes primários são aquelas onde se extrai o diamante bruto diretamente da rocha geradora.
A maioria da produção brasileira de diamantes é exportada, principalmente para os Emirados Árabes Unidos, Estados Unidos e Israel. Apesar disso, antes da descoberta e exploração da jazida de diamantes primários, a produção desse mineral no Brasil ainda era pouco expressiva e se colocava nos últimos lugares no âmbito internacional.
Além de Nordestina, o Projeto Diamantes do Brasil, em execução pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM), tem revelado várias áreas kimberlíticas com grandes possibilidades de se encontrar diamantes primários. Enquanto essas áreas não forem totalmente estudadas, os diamantes secundários continuam a ser encontrados por garimpeiros e por pequenos mineradores, principalmente nas regiões de Coromandel e Diamantina, em Minas Gerais, além de algumas áreas nos estados de Goiás, Pará e Roraima. O projeto tem demonstrado que a grande maioria dos estados brasileiros possuem ocorrências prospectivas para diamantes.
Em 2015, a produção brasileira foi em torno de 31,8 mil quilates, ao valor total na ordem de US$ 1,5 milhões e a produção mundial de diamantes em 2015, de acordo com os dados estatísticos do Sistema de Certificação do Processo de Kimberley (que controla mundialmente os dados estatísticos de produção, importação e exportação de todos os países membros) foi de aproximadamente de 127,3,4 milhões de quilates, ao valor de US$ 13,7 bilhões.
Em termos de exportações, no mesmo ano, o Brasil exportou cerca de 34,7 mil quilates ao valor total de aproximadamente US$ 5,7 milhões, ao passo que a exportação mundial foi de 351,4 milhões de quilates ao valor de US$ 42,4 bilhões aproximadamente (a diferença entre a produção e a exportação ocorre porque na produção anual não são considerados os estoques remanescentes de anos anteriores).
O PROCESSO DE EXTRAÇÃO DE ROCHA PRIMÁRIA
A rocha primária de diamantes chama-se kimberlito, em homenagem à cidade de Kimberley (África do Sul), onde foram encontrados diamantes pela primeira vez em 1870, resultantes de estudos geológicos, de pesquisa e exploração mineral (e não por garimpos em rios).
Antes disso, o Brasil era o maior produtor de diamantes no mundo, sendo o local onde primeiramente se comercializou a pedra preciosa. De 1725 a 1866, o Brasil foi o maior produtor mundial desta gema. Em 1860, foi descoberto o diamante Estrela do Sul, considerado um dos maiores do mundo com 128 quilates.
Conheça outros diamantes brasileiros famosos, de acordo com Luiz Antonio Gomes da Silveira:
- Goiás: descoberto em Catalão em 1906, considerado o 3º maior diamante de qualidade gemológica.
- Presidente Vargas: descoberto em 1938 em Coromandel (Minas Gerais), com 726,60 quilates, considerado o 8º maior do mundo.
- Darcy Vargas: descoberto em 1939, Coromandel (Minas Gerais), com 460 quilates.
- Coromandel IV: descoberto em 1940, Coromandel (Minas Gerais), com 400,65 quilates.
- Presidente Dutra: descoberto em 1949, Coromandel (Minas Gerais), com 407,68 quilates.
Fonte: Assessoria de Comunicação Social do Ministério de Minas e Energia
Gustavo Cruz
Gustavo é fundador, CEO e Planner do Instituto Minere, Lea Hub e Mining Marketing. É mercadólogo, MBA em Comunicação e Marketing pelo BI International. Está no mercado desenvolvendo produtos, negócios, comunicação e comércio em ambientes digitais desde 2012, atuando principalmente nos setores de mineração, envolvendo educação, empreendedorismo e marketing. É desenvolvedor de negócios, planejamento estratégico e transformação digital.
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