O uso do drone na captação de dados topográficos

por Ricardo Scott Varella Malta em 15/Feb/2019
O uso do drone na captação de dados topográficos

O uso do drone para coleta de dados topográficos, traz uma discussão sobre um assunto muito polêmico. Será que o drone consegue gerar dados topográficos de alta precisão?

O drone é uma ferramenta que coleta informações, através de fotografia georreferenciada, ou seja, possui sistema de referência espacial, o que possibilita que os objetos posicionados na fotografias, sejam posicionados digitalmente em uma posição bem próxima dos mesmos objetos posicionados na realidade.

Em geral a maioria dos drones possuem receptores que conseguem captar este posicionamento com erros de no mínimo 3 metros, este erro posicional, para trabalhar com topografia é considerada muito baixa, uma vez que a topografia trabalha, quando necessária até no nível milimétrico.

Para minimizar este problema de coleta com o drone, existem técnicas de coleta de dados que conseguem corrigir este dados coletados, elevando esta precisão para a casa centimétrica, ou seja, na casa dos 2 centímetros.

Uma grande vantagem na utilização do drone para mapeamento, seria a capacidade de mapear áreas imensas, dependendo do tipo do drone e técnica usada. Hoje já existem drones que possuem por exemplo, sistema RTK embutido, possibilitando a geração de dados cartográficas de alta precisão, sem necessidade de equipe em solo.

Com o uso destas técnicas, o uso do drone abrange uma grande quantidade de serviços topográficos, desde topografia para a mineração até no georreferenciamento de imóveis rurais, entre diversas outras áreas.

Além desta grande vantagem, o processamento do dados coletados pelo drone permite gerar dados cartográficos que são usados para complementar a tomada de decisão, como por exemplo imagens georrefenciadas, modelos 3d de objetos e terreno, as próprias curvas de nível. Estes modelo 3d do terreno por exemplo, permitem usando softwares específicos, fazer cálculos de volume de pilhas de minério, cortes, cálculos de depósito, entre outras diversas aplicações, não tendo como resultado final, somente a curva de nível.

O uso do drone para captação de imagens e com um bom uso de técnicas, tanto de captação de dados em solo quanto de processamento de dados, permitem gerar informações valiosas para a topografia, para os técnicos e para os tomadores de decisões nas áreas minerárias.

 

Ricardo Scott Varella Malta

Sócio proprietário da AeroGIS - drones e soluções em geoprocessamento, Geógrafo, especialista em geoprocessamento, piloto de drone classe 3. Possui mais de 10 anos de experiência em geoprocessamento, tendo passado por empresas de grande porte como analista de geoprocessamento na CEMIG, gerente de geoprocessamento na prefeitura de Belo Horizonte, analista de geoprocessamento no Centro de Sensoriamento Remoto da UFMG, com vasta experiência em mapeamento aéreo por drone pela AeroGIS, além de ter sido instrutor de Arcgis, Mapinfo, Spring, Microstation, introdução à cartografia e geoprocessamento e mapeamento por drones, tanto presencial, quanto à distância.

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